Estratégias de evangelismo não faltam: blocos evangélicos, o conhecido evangelismo de porta em porta, panfletos, distribuição de água grátis (oferecendo também a Água da Vida), etc. Muitas são as maneiras que os cristãos adotam para resgatar almas das trevas, por meio da Palavra de Deus, nessa que é considerada a “festa” mais popular e também mais promíscua do Brasil.
Esse é o caso da Comunidade Internacional Zona Sul, igreja evangélica no Rio de Janeiro, que vai às ruas com um bloco de 2.500 membros levando a mensagem de Salvação em meio à festa mundana. Eles desfilam no Centro da cidade na segunda e na terça-feira, destacando-se ao pregar Jesus entre os foliões.
“O intuito é tirar almas das trevas. Representamos a Igreja do Senhor, que não é apenas um templo”, conta o pastor Sérgio Oliveira, Fundador da Igreja, ao jornal Folha de S. Paulo.
Outra igreja evangélica, o Projeto Vida Nova de Irajá, também põe o bloco “Cara de Leão” há 19 anos nas ruas para evangelizar.
O bloco idealizado pelo pastor Ezequiel Teixeira é formado por cinco alas que mistura samba e funk com letras evangelísticas e reflexivas como esta: “Por quatro dias / Você veste uma fantasia, fingindo que é alegria / Mas na realidade não é”. Com cerca de 5 mil participantes, o projeto distribui pessoas responsáveis por abordar foliões pregando a mensagens de salvação.
“Estamos ganhando vidas”, afirmou o pastor Isael Teixeira, de 61 anos, do Projeto Vida Nova de Irajá.
Em outros cantos do país
Em Ouro Preto, Minas Gerais, cristãos também resolveram aproveitar a Festa da Carne para levar a mensagem de salvação.
Com o nome de “Jesus é bom à beça” o bloco criado há 15 anos subiu a Rua Direita tocando músicas com ritmo tradicional carnavalesco com letras evangélicas e levavam faixas com mensagens cristãs para divulgar o evangelho aos espectadores.
Formado por aproximadamente 300 pessoas, o bloco evangélico é organizado pelo JOCUM (Jovens Com Uma Missão) de Contagem que desde 1997 sai às ruas durante o período de Carnaval para evangelizar. Sobre a data, o missionário Pedro Bezerra, 50 anos, diz que é uma oportunidade de ganhar almas
O grupo também utilizou folhetos bíblicos para engrossar a mensagem que estavam passando através das faixas e das músicas. No meio do caminho os missionários paravam para conversar com as pessoas, fazer orações e aconselhamentos espirituais. O bloco “Jesus é bom à beça” participou durante as quatro noites de Carnaval.
Em Porto Velho, Rondônia, quem levou luz para as avenidas foi o Bloco Gospel que foi organizado por várias igrejas da cidade, levando para o trio elétrico ex-astros do axé que hoje estão convertidos, entre eles Pierre Onassis (ex-Timbalada) e o Irmão Lázaro (ex-Oludum).
Método ajuda ou atrapalha na propagação do Evangelho?
O pastor Renato Vargens, da Igreja da Aliança, no Rio de Janeiro, discorda da abordagem desses irmãos.
“Algumas igrejas fazem concessões com ‘intuito de aproximar as pessoas de Deus’, negociam algumas coisa inegociáveis. A Mensagem não pode ser passada assim, se não perde o contexto”, diz, sobre a presença de blocos evangélicos no Carnaval.
Segundo o Pr. Renato, algumas pessoas envolvidas nesse tipo de trabalho, mesmo bem intencionadas, acabam negociando o conteúdo do Evangelho por falta de preparo teológico.
“Acredito que uma igreja não precisa colocar blocos de carnaval nas ruas para evangelizar, o que é preciso é pregar o Evangelho de forma simples, sem algoritmos que depõe contra a Mensagem de Cristo”, conclui
E você, o que pensa sobre isso?
Um comentário:
Se o foco das igrejas é o de evangelizar e ganhar almas, sou a favor. Porém, prefiro a idéia mais simples, o evangelho genuíno sendo pregado, pois não é estratégia que convence o homem e sim o Espírito Santo de Deus que habita em nós. :D
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