Habacuque 3.17,18 é um trecho da Palavra de Deus é muito conhecido entre os cristãos. É uma das mais belas orações registradas pelas Sagradas Escrituras, Muitos hinos são compostos sobre esses versos. O texto serve de tema para festividades. Pregações são embasadas nas palavras do profeta.
Mas o que o profeta Habacuque estava dizendo nesses versos? Seria somente um belo exemplo de como deveria se comportar o cristão em meio às adversidades?
Certamente, existe uma profunda mensagem de Deus nesse trecho do livro do profeta. Habacuque escrevera algo muito profundo, uma oração de um verdadeiro servo fiel que confiaria no Senhor mesmo em meio às tragédias. Quando ele escreve:
“... ainda que a figueira não floresça...”
Ele estava se referindo à função da pasta de figo, extraída da árvore, que servia como remédio para ser colocada sobre as feridas. Mesmo se esse recurso se esgotasse, ainda assim ele se alegraria no Senhor e exultaria no Deus da sua salvação.
“... nem haja fruto na vide...”
O que ele dizia era que, ainda que não houvesse o vinho, simbolizando alegria humana, ele ainda se alegraria no Senhor e exultaria no Deus da sua salvação.
“... ainda que decepcione o produto da oliveira...”
Ele fazia referência à luz, à iluminação que se conseguia através do azeite extraído da oliveira. Se isso faltasse, ainda se alegraria no Senhor e exultaria no Deus da sua salvação.
“... os campos não produzam mantimento...”
Ele se referia que mesmo que faltasse o alimento, ele se alegraria no Senhor e exultaria no Deus da sua salvação.
“... ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado...”
Se não houvesse como se vestir (pois se fazia roupas de peles e de couro) e se não houvesse a carne extraída dos rebanhos, ele se alegraria no Senhor e exultaria no Deus da sua salvação.
A mensagem que encontramos de Habacuque para nós é a seguinte: se estiver doente e não houver remédio para que me sare, se existir somente tristeza em mim e eu me encontrar na escuridão, se eu tiver escassez de alimento e estiver nu, todavia eu me alegrarei no SENHOR, exultarei no Deus da minha salvação.
Isso contraria vários ensinamentos de algumas doutrinas e segmentos "teológicos" que afirmam que o crente tem que viver em abundância. Para os tais, Jesus foi rico, seu ministério era bem sucedido financeiramente e, por isso, tinha um tesoureiro. Segundo eles, o Mestre andava vestido de roupas finíssimas, seu transporte foi um jumentinho, que, dizem, era o melhor daqueles tempos.
Mas Habacuque orava assim porque sabia que a essência de servir a Deus, como sabemos, não é o ter mais sim o ser: ser perseverante (MC 13.13), ser provado e aprovado como foi Jó e outros (Tg 1.12), ser açoitado, mesmo livre continuar sendo prisioneiro de Cristo ( IICo 11.24,25), ser santo ( I Pe 1.15).
Diante da oração do profeta, nós podemos refletir um pouco: como temos orado? Temos pedido o que é bom aos olhos do Senhor? Será que conseguimos pensar e crer como Habacuque, ou nossa fé está no que Deus pode nos dar, e não no que Ele é?
Que possamos seguir o modelo de oração que encontramos na Palavra do Senhor para que seja feita Sua vontade e não a nossa.
"Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados." (II Coríntios 13.5)
João Paulo
Um comentário:
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